sábado, 10 de março de 2012

Fundo Social. Univ's. @PT. 'Mamã, o que foi uma AAcadémica?'; Madalena... você... cuidado.


Entrevista

“Universidades vão criar fundo de apoio social”

Madalena Queirós
05/03/12 17:20

Cf em
http://economico.sapo.pt/noticias/universidades-vao-criar-fundo-de-apoio-social_139569.html

Curioso. E coloco em italico meus comments:  [my view]


António Rendas, presidente do Conselho de Reitores, revela que será criado um fundo de apoio social para apoiar os alunos que não podem pagar propinas.


A preparar-se para um ano difícil, o Conselho de Reitores (CRUP) decidiu criar um fundo social para apoiar os estudantes que não conseguem pagar as propinas. A ideia foi aprovada no último Conselho de Reitores revela António Rendas, presidente do CRUP, em entrevista ao Económico TV. O aumento de trinta euros de propinas a pagar, no próximo ano, por cada estudante será canalizado para este fundo. 

[Ideia curiosa. Será o provedor a gerir (numa conta ''separada'' das contas\rendimentos da instituição)? Ou ficam os 30E * X alunos = muitos Euros numa conta da instituição? AA aceitam? E por que não antes... diminuir propinas? E nao seria melhor fazer isto opcional? AA's ate seriam parte integrante de um processo solidário. E adicionar que os 30€ corresponde sensivelmente a uma viagem 'cidade univ' <->Lx\Pt ou equivalente, o que significa que será mais um fim de semana que os alunos não irão a casa. Tudo bem. E 30/12 são pouco mais de 2€ /mês, ie um almoço. Tudo bem. Mas por que não ao invés reduzir as propinas (de forma ate … diferenciada...) porque cada vez são mais os necessitados à medida que a classe média ''empobrece''? Claro assim não haveria fundo nem haveria que dar mais X as univ's no acto da inscrição. Repito: Será o provedor a gerir a conta? Ou ficam os 30E * X alunos = muitos E numa conta da instituição? AA aceitam?  ]

Uma ideia solidária num contexto de fortes restrições orçamentais. António Rendas denuncia a "teia burocrática" que está "a impedir as instituições de funcionarem e de contribuírem para a redução do défice, captando receitas próprias". A última gota foi "a nova lei dos compromissos que cria a obrigatoriedade que haja cabimentação a três meses e que vai gerar os maiores problemas no sistema universitário e científico" se continuar a ser imposta às universidades. As instituições de ensino superior são "como um ser vivo que de repente é colocado numa malha de cimento", alerta. E o Ministério das Finanças "parece" inimigo da boa gestão universitária. 
António Rendas, fala da fusão da Universidade de Lisboa com a Universidade Técnica de Lisboa para dizer que é "um processo interessante" mas alertando que não pode ser visto "como um acto isolado porque isso seria muito mau".



As restrições orçamentais estão a obrigar a reorganizar a rede de ensino superior?

Uma coisa é a qualidade e excelência da rede, outra coisa são as restrições orçamentais que estão a afectar toda a Europa. As restrições, nestes últimos dois anos, foram dirigidas a todo o sistema de financiamento público e as universidades foram também apanhadas nesta situação. A reoganização da rede deve ser feita com aspectos positivos e não com aspectos negativos. Reorganizar a rede numa situação de penúria

(Madalena, ele disse 'penúria'??)

financeira não leva à excelência, leva a mais restrições e não queremos que isso aconteça. O que nos preocupa nas universidades é a enorme teia burocrática

[...e já fugiu à pergunta...]

que está a levar a um atrasar dos processos de tomadas de decisão. Estamos a sentir que, não só os nossos orçamentos foram reduzidos, como os procedimentos administrativos que nos são impostos levam a que esses financiamentos possam nem sequer ser executados. Esta nova lei dos compromissos que cria a obrigatoriedade que haja cabimentação a três meses vai gerar os maiores problemas no sistema universitário e científico. Acho que ninguém quer isso e tenho muito esperança que se resolva. O que tem sido mais complicado é a nossa incapacidade, que habitualmente tínhamos, de gerar receita. As universidades têm características muito especiais: não têm buracos orçamentais

 (definir 'buraço orçamental'. Deficit pequeno, divida grande?),

nem dívidas à banca, nem às empresas e têm a capacidade extraordinária de gerar receita. Somos capazes de ir a outras fontes, que não o Orçamento do Estado buscar verbas até no espaço global e europeu. Neste momento estamos ao nível das melhores instituições europeias, se a teia administrativa que está a ser criada nos vai impedir de funcionar é quase como um ser vivo que de repente é colocado numa malha de cimento. E para além disso podemos contribuir para a redução do défice.


Há quem diga que o Ministério das Finanças é inimigo da boa gestão das instituições...
Se não é, parece. E o pior que há é parecer.

A verba do OE 2012 é suficiente para manter todas as universidades a funcionar?
O que está a acontecer é que as instituições estão a reduzir a sua actividade, o que é terrível. Estas situações de restrição orçamental vão ter dois efeitos: vão afectar as instituições que têm o seu metabolismo basal, recorrendo a uma expressão médica, relativamente reduzido, e que o vão reduzir ainda mais, e depois aquelas que são muito competitivas vão ficar desanimadas. E essa é uma componente que me deixa preocupado que é a falta de confiança. Não queremos nem mais dinheiro, nem mais privilégios, e nem queremos que nos cubram as dívidas. O que precisamos de saber da parte do Governo é se existe esse capital de confiança. Tem que haver sinais por parte do Governo. O que neste momento é muito grave para todos nós é que há um clima de falta de confiança e incerteza nesses processos de tomada de decisão. É muito importante que no contexto de funcionamento das universidades nos deixem ter agilidade para a gestão dos nossos recursos, que muitas delas são receitas próprias, que em alguns casos chega a 50%.


Há quem diga que há quatro ou cinco universidades que não são viáveis, neste quadro de restrições orçamentais. Concorda? [Oh, Madalena, grande pergunta!! Isto começa a ganhar 'cor'...]


Tenho dificuldade em usar rótulos. Acho que o conceito de viabilidade tem a ver com uma situação que em Portugal é muito frequente, e que essa tem que deixar de existir, em que toda a gente acha que deve fazer tudo. Temos é que ser muito selectivos na forma como vamos desenvolver a nossa actividade. Há universidades que tem claramente um carácter internacional, há universidades com carácter regional e local. O conceito de viabilidade tem a ver com aquilo que as universidades realmente fazem. É importante que as universidades se diferenciem. Não faz sentido nenhum, por exemplo, que haja instituições a ensinar grego de norte a sul do país. Deve haver duas ou três universidades que o façam muito bem nessa área. Tem que haver alguma capacidade de olhar para a rede como um todo e definir indicadores de qualidade que permitam, com a aceitação das instituições - instituições que assumam compromissos de desenvolvimento regional, outras de grandes desafios internacionais devem ser todas recompensadas, não deve ser uma coisa de excepção. Definidos esses pré-requisitos, temos que verificar se as instituições são ou não viáveis. A palavra em si é redutora.

[Em conclusão: concorda, mas com ''outro'' rótulo- ie  há univs a mais se forem todas do mesmo; mas se houver class-A univs e class B univs e class C univs , ie diferenciadas, ja serao poucas em cada classe e já nao sao muitas. É como ter um paciente com muitos sintomas e sem diagnostico: ''separa-se'' o paciente em 'partes', cada uma com poucos sintomas, fazem-se diagnosticos muito locais, cura-se aqui e ali, com isto e aquilo, para aqui e ali. Será? ]


"Faz-me imensa confusão que não haja um erasmus nacional"


Instituições devem especializar-se e apostar naquilo em que são realmente boas e não devem mimetizar-se umas às outras?
Isso acontece em Portugal e em muitos outros países, sobretudo em países pouco desenvolvidos. 

As universidades devem associar-se e deve haver consórcios. Por exemplo, na área dos mestrados e doutoramentos, é muito interessante que um estudante possa durante a sua formação beneficiar daquilo que é de muito boa qualidade numa determinada área numa instituição, e que possa também funcionar noutra universidade para concluir a sua especialização. Faz-me imensa confusão que não haja um programa de erasmus nacional. Temos um programa de intercâmbio que não é muito bem-sucedido. Os nossos estudantes universitários deveriam circular entre as instituições portuguesas. Nos doutoramentos já existem alguns bons exemplos. O CRUP encomendou à Agência de Avaliação e Acreditação (A3E) um estudo sobre a rede de ensino superior que deverá estar disponível nos próximos meses. Um estudo que identifica quais os ciclos de estudo nas universidades e em que há sobreposições para perceber como se pode potenciar essa oferta curricular.

(esperemos que seja ... de  e-f-e-c-t-i-v-o interesse e utilidade construtiva para Portugal; Objetivo: não esperar pelas avaliações da A3E'S (que até podiam ser boas em alguns casos…) e avançar já com fusões de programas de … PhD, a ''santa salvação'')



Depois desse estudo terminado poderá iniciar-se um processo de reorganização da rede? [Madalena, você é ... wow... não larga. Boa pergunta. De novo. O país agradece]


O que é importante é ter essa informação e esses dados são muito importantes para a tutela. Porque as decisões que estamos a tomar ou são muito bem fundamentadas ou são sujeitas as determinadas pressões e grupos que querem manter a sua capacidade de intervir. O que fizemos a seguir foi pedir à Associação Europeia das Universidades (EUA) que olhe para esse estudo no contexto europeu

[Não há nada como ir de Rotweiller e mais um bicho mau para fazer ''outras''pressões...].

Já estão identificados os consultores internacionais que virão a partir de Outubro olhar para a rede

[Ie escolhemos as assinaturas e já temos a nossa grande muralha pronta. Ou em grande plano estratégico para defender e dizer que só como querermos... Parece. O CRUP passa por cima de NC e vai fazer o trabalho? ].

E depois teremos uma informação europeia

[Wow. Eu se fosse ao Pr do A3E's e estivesse a ler isto.... Caro AA, você nao precisa 'disto'. Embora o país precise de si... . ].

Para que isto possa ser inserido no contexto europeu

[Agora é sem luvas, é contexto europeu. Madalena, cuidado, agora, a sério...],

em que neste momento há uma enorme expectativa com o investimento do Programa 2020. O presidente Durão Barroso

[Wow. O DB é de facto pr da CE mas é um cargo de gestão de lideres, n t poder de liderança. Mas para efeitos de carpet bombing serve... ]

já nos disse isso numa reunião que tivemos em Janeiro que há uma enorme aposta na Europa na qualificação do ensino superior exactamente para abordar a questão da empregabilidade. 

Que opinião tem sobre a Fusão da Universidade de Lisboa e Técnica? E se acha que outras instituições devem seguir este exemplo.

Há duas razões que me levam a ser prudente. A primeira é que o assunto nunca foi abordado no Conselho de Reitores 

[Para um(a) leitor(a) atento, a keyword aqui é ''nunca''. Poderia ter sido '2 meses depois' do anuncio, 'ontem' mas é ... 'nunca'. O CRUP n é bem C-RUP. E mostra que o CRUP não foi bem visto como de utilidade nesse processo, foi pois 'marginalizado' por questoes... tacticas para se traduzir em sucesso tb estrategico da UL\UTL, caso consigam. E se conseguirem, para que usar o CRUP? Alias o NC, se for esperto, 1.e4 1e5 2.Cf3 ..., vai apoiar a fusão. Parte o CRUP, dividir p\reinar, tem uma mega-fundaçao e depois tem outras 3 (UP, UM, IScte) e depois ... Coimbra que ou se mexe ou fica em redux-regional-muito local-qse-so-historia\tradiçao-ie fados&guitarras.]

e por isso não quero pronunciar-me como presidente do CRUP. A segunda é o facto de ser reitor de uma outra Universidade em Lisboa. Mas como cidadão, como disse o ministro Nuno Crato, acho que é um processo interessante. As últimas informações que tenho é que parece que vai ser uma fusão feliz, as pessoas estão felizes o que é muito importante. E espero que seja útil. O me preocupa, como cidadão, é que isto não seja visto como um acto isolado e sobretudo como uma situação única no espaço português, porque isso seria muito mau.

[Resumo: É ''interessante'' mas ''preocupante'', tipo doença. E pior, parece que a equipa medica nao tem nem 'cura' nem o Dr. House in the house. ]

Outras universidades devem seguir-lhes o exemplo? [Madalena, você é o maximo. Não larga. Grande pergunta, de novo]


Deve considerar-se esta iniciativa como uma iniciativa de duas universidades, que pode ser interessante para as duas. Mas ainda não consigo ver, porque não conheço os documentos, como é que pode ser exemplar para a rede. Porque quando olho para o que aconteceu no espaço europeu vejo que as fusões bem-sucedidas nunca aconteceram em grandes capitais

(Definir grande e pequena capital....).

Não conheço nenhuma capital europeia que tenha apenas uma universidade

(É melhor eu estar calado. Claro, privadas, várias mas...).

Não posso considerar isso como uma situação única no espaço português porque é evidente que a rede é muito mais do que isso. Há enormes virtualidades nas universidades do Porto e Minho. A capacidade de se formarem consórcios é muito interessante. Estamos interessados em ter consórcios e ligações com outras instituições do espaço do sul do país. Ao nível de todo o país há outras formas de olhar para a rede que não seja exclusivamente através de uma fusão.

[Um eixo UNL - UEv-Ualg???]


O antigo secretário de Estado do Ensino Superior, Manuel Heitor, e actual professor do Instituto Superior Técnico criticou a fusão dizendo que se devia pensar num processo que reunisse as quatro universidades de Lisboa. A Universidade Nova estará disponível? Ou acha que Lisboa não pode ter apenas uma universidade?

Acho que como antigo aluno e como licenciado pela Universidade de Lisboa considero que há uma identidade das instituições que é preciosa e que é importante e que prezo muito. Acho que Universidade Nova de Lisboa, apesar de ser mais recente, tem uma outra identidade. Existe uma associação das universidades de Lisboa de que sou signatário e que era importante revitalizar. Através dessa associação haver iniciativas conjuntas ligadas aos estudantes erasmus e aos apoios sociais. Há ainda muita coisa a fazer em lisboa, sem que haja uma fusão das quatro, ou das cinco se pensarmos no Instituto Politécnico de Lisboa.
Recordo que mesmo em Barcelona, houve essa tentativa de fusão das universidades e a Universidade Autónoma e a de Barcelona, mantiveram-se unidas através de associação. 
Funciono de uma forma muito objectiva. Prefiro que os problemas estejam identificados e que as instituições contribuam para os resolver. No caso da fusão há problemas muito concretos que percebo e respeito, e provavelmente foi esse o caminho que seguiram.

[Revitalizar um CRUP-markII, talvez?]


Veria com bons olhos a fusão dos serviços de acção social das quatro instituições?

Veria com bons olhos uma análise objectiva e com números de qual é que tem sido o contributo das instituições para o apoio social em Lisboa, como vi em Coimbra e no Porto (entre o politécnico e a universidade). Acho que valia a pena rentabilizar recursos, mas há especificidades de cada universidade mesmo para o apoio social. Vamos pensar que temos uma universidade mais internacional, há perfis de acolhimento de estudantes que são diferentes. Estou cada vez mais avesso a esquemas e a soluções pré-estabelecidas, temos que ter a atitude de ver o problema e tentar resolvê-lo, não de cima para baixo, mas a partir da realidade e do terreno.


Mas os dois reitores dizem que o processo é virtuoso até porque parte das instituições e não é imposto pela tutela...


Acho que eles estão felizes e ainda bem. Mas precisam de financiamento e da tutela como todos nós. Estão à procura de um financiamento significativo e de contratos programa e de modelos e acho que é importante que os financiamentos sejam vistos de forma transparente. Se essa componente for igualmente transparente e discutida ao nível geral das instituições, acho que ficaríamos todos felizes.

[esta parece que foi p\doer. Alem das cartas, já temos $$$ on the table. Getting serious. Madalena....]


Noutro países europeus as fusões tiveram um forte apoio por parte do Estado ( em França houve um apoio de 50 milhões ). O projecto de fusão prevê a criação de um Fundo público de 200 milhões que capte receitas privadas. Será concretizável em Portugal, não havendo tradição de o fazer?


Não conheço o projecto o suficiente para ir tão longe. Acho interessante a passagem a Fundação, a Universidade Nova de Lisboa já tem esse processo bastante adiantado

[a UNL p\fundação... Ok, Coimbra rodeada de campos de soporiferos ou tb...?].

Haver contratos - programa é excelente. Mas tudo isso precisa de um apoio financeiro, que tem que vir do Governo. Não vale a pena pensar, nem deve ser abordada a via nesse sentido, que isto vai ser feito desorçamentando o financiamento público das instituições. Seria uma situação que o governo não quer, nem ninguém quer. Somos autónomos, mas não somos independentes. Tem que haver uma maior autonomia, mas as instituições tem que ter apoio estatal - que aconteceu em todos os países europeus, Alemanha, Espanha e França. Há dados recentes de Inglaterra, em que houve corte significativo e há um estudo recente que revela que eles estão a perder alunos. Este tipo de desorçamentação acaba por ter consequências complicadas nas instituições


Por causa da crise tem havido muitas desistências no ensino superior?

Ainda não.


[A palavra chave na frase anterior é: ''Ainda''. E já diz o que se espera ie o que se segue...!]

É evidente que as pessoas sabem que ter um diploma de ensino superior é sempre um passaporte melhor para garantir emprego. Mas a crise vai ser terrível. Presumo que as pessoas vão deixar de ter dinheiro para investir. O que sentimos em relação às propinas do 1ºciclo - e debatemos isso no último Conselho de Reitores com muito empenho, por proposta minha - é a questão dos alunos que deixam de estudar por situações financeiras da família. Cada universidade está disponível para criar um fundo de apoio social para esses estudantes, utilizando a verba do aumento para a propina máxima. Ou seja tínhamos o limiar de 999 euros, e este ano o acréscimo será de 30 euros. O CRUP assume o compromisso com o país de que essa verba será destinada a um fundo que permita que os estudantes carenciados possam continuar a estudar. O raciocínio é simples. Ainda há muita gente


[Eu nao sei se se sera assim tao simples. Imaginar que dos alunos, todos no ESup, eg, 85.7% NAO podem dar mais 30 euros? Talvez possam. Mas podem mesmo? Tem a CERTEZA? Alguem fez esse estudo? Sabem a 100% sem erro que os alunos podem? É como o dir. do LHCb receber uma nota do chair-CERN a dizer, ''ponha mais 300Gev'' na sua coisa ai no tunel... pois e estoira com a rede lectrica do oeste da Suiça e 1\2 da França. Bum. Ou o chair do Titatic dizer ao comandante, 'dê me mais 30 nós, quero tomar o café no Cental Park amanhã 10.30 local time. Bum. Foi um iceberg. Sim, grande bloco de gelo.]  

para quem dar mais trinta euros não tem muito significado e está no ensino superior. É importante que essas pessoas possam contribuir para que os carenciados possam manter-se no ensino superior. Será um projecto horizontal para todas as universidades e que representa mais um contributo para que não haja diminuição dos estudantes do ensino superior.

Quantos estudantes a deixaram o sistema por dificuldades económicos?

É muito variável. Os dados que temos, em comparação com anos anteriores não são alarmantes, nem muito significativos.Penso que o ano difícil será este e daí estarmos a tomar estas medidas.

A reorganização da rede pode implicar o encerramento de instituições
Acha que é viável continuarem a existirem 15 universidades públicas e 15 institutos politécnicos?Há quem diga que estamos acima de todos os países europeus em número de instituições... [Madalena, você é firme. Wow...]


Estive em Macau numa reunião em que estava o coordenador da Agência de Qualidade do Quebeque. E o Quebeque tem uma população semelhante à nossa e tem 22 instituições universitárias. A linguagem dos números é importante como um primeiro passo mas é como se diz no anúncio "size doesn´t matter it´s whath you do with it". Temos que ter capacidade de avaliar a qualidade das instituições que é fundamental. A Agência de Avaliação e Acreditação tem feito um trabalho notável e pode ser uma alavanca excelente para reformular e reestruturar a rede.

[...pode ser ... alavanca... pois qdo vierem os tanques e o peso pesado DB, quem precisa do AAmaral e A3E's...; E ATENÇÃO: até agora a A3ES SÓ avalia cursos e não instituições!]

Porque as pessoas vão ser, na realidade, confrontadas com o que colocaram como requisitos e como ferramentas de formação. Temos que olhar dentro das instituições para ver qual a relação entre a oferta e a procura, o que acontece nas colocações no 1º ciclo.e ter coragem política, e não são só as universidades e sei que é muito difícil, se há instituições com um pequeno número de estudantes, se tem pouca produção científica, e se tem pouco impacto regional 

[QUAIS?]-

primeTemos quiro há que confrontá-las com isso dar-lhes a oportunidade de melhorar e articularem-se e criarem alianças. E depois há que tomar decisões...

[Não sei se o Pr do CRUP está a querer ganhar tempo. É legitimo no lugar dele, percebe-se. Mas será que ele não estará a querer MUITO tempo? ]


Que podem passar pelo encerramento das instituições? [Madalena, uff. Estou a ficar sem folego. Wow. Cuidado consigo. Que capacidade de 'hunting down'. Você é uma verdadeira leoa do Serengetti... ]



Decisões que poderão passar por isso. Mas essas decisões em países civilizados passam por este tipo de exercícios que são dolorosos mas que permitem que não fique só um eucalipto sozinho depois de ter secado tudo à volta. Portugal tem diversidade e qualidade suficiente para ter muitas instituições desde que tenham capacidade competitiva. Criar uma ou duas instituições isoladas, como costumo dizer um pouco a brincar, já nem no Uganda.




Há três instituições que avançaram para o modelo das Fundações, acha que o Governo está a abandonar o modelo das Fundações?


O que aconteceu com as três fundações teve a ver com aspectos globais das fundações em Portugal. Tanto quanto sei, o governo teve uma atitude muito interessante que foi de excepcionalizar as universidades fundacionais das regras e restrições que têm a ver com a Lei dos Compromissos. O Governo está a dar sinais muito interessantes no sentido de considerar que é um modelo que pode existir. O que aconteceu foi que, neste ano, houve necessidade das universidades fundacionais serem integradas novamente no sistema público. Vamos ver o que vai acontecer a seguir. No caso da Nova estamos preparados para isso e estamos interessados em discutir esse aspecto. A Universidade do Minho já tem a proposta apresentada ao governo. Curiosamente, a Universidade de Macau está a olhar para este modelo fundacional com bastante interesse. Acho que estamos a ter repercussões internacionais. As Fundações têm méritos positivos e permitem uma gestão mais flexível, excepcionalizando cortes orçamentais. Mas tem outra coisa importante que é o facto de as universidades assumirem mais responsabilidade dentro da sua autonomia. É um modelo muito interessante e se for clarificado pode ser muito apelativo.



Esteve em Macau quais os resultados concretos que resultaram dessa visita?

[A Madalena ja percebeu que mais do que conseguiu, mais n consegue, e tira uma pergunta da cartola para deixar o Pr CRUP terminar a fazer uns floreados. ]

O Conselho de Reitores e o presidente dos laboratórios associados assinaram um protocolo de cooperação com a Universidade de Macau. O objectivo era fazer uma parceria entre as universidades portuguesas e a Universidade de Macau que está a sofrer um enorme processo de transformação que passa pela construção de um novo campus na ilha da montanha, com uma perspectiva de desenvolvimento científico mas também tecnológico e empresarial. Há uma enorme preocupação da Universidade de Macau em ser uma referência no sul da China e tem um nicho muito especial que é o ensino da língua portuguesa. Essa é uma componente que é um desafio para nós, mas também há áreas a desenvolver como a medicina tradicional chinesa, mas também nas áreas da Química e controle de qualidade e também nas áreas do lazer. Como costumo dizer, a brincar, não se trata de trazer dez chineses para Portugal e levar dez portugueses para a Macau. O que pretendemos é que haja uma cooperação com largas centenas de estudantes, como acontece na Escócia, em que cerca de 20% dos estudantes vem da Ásia.


[Afinal o Futre tinha razão! Infelizmente para algumas cidades e universidades, (já) não têm aeródromo\aeroporto.]


Tem que ser planeado e é um grande desafio e não sei se vamos ser capazes porque os portugueses têm uma enorme dificuldade em trabalhar em equipa. Somos optimos para ser estrelas, mas depois a nossa selecção não é assim tão boa. Há um trabalho muito importante de equipa importante em mobilizar recursos e de não irem todos fazer tudo. É um desafio interessante que acontece de forma microscópica que é optimo que continua a acontecer. É um esforço colectivo que não tem nada de original e é um desafio de curto prazo. Mas a questão é responder ao trabalho de médio prazo e que envolve a confiança entre portugueses e chineses. São actividades muito competitivas porque estamos a competir com universidades asiáticas e norte-americanas.








[Só que está ultrapassado! As univ Inglesas e Americanas estão a abrir Polos na China. Os diplomas são dessas univ e é como se os alunos estudassem no UK ou USA. E nós? “só” conseguimos 1 parceria com a univ de Macau? Não é possível criar uma Universidade Portuguesa de Macau? (Na parte da cultura era aproveitar parte do know how do instituto Camões. Podia ser uma lança na China e no sudoeste Asiático. Custa $$$ é verdade e não há …mas a FGulbenkian não podia ajudar? E a Fundação oriente? E a CGD não podia contribuir? Nem que começasse com 2 ou 3 cursos de lápis e papel.
PS- podiam ser adicionados outros parceiros (para além dos óbvios EDP e REN). Todas as empresas que queiram estar na China!]



[[ Permitam-me agradecer ao 4&U+1 pelas sugestões superiores que me enviou. ]]






The Honourable Schoolboy

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