terça-feira, 20 de setembro de 2011

Dimanche matin...


Uma colega da instituição, aliás até de Faculdade, telefonou-me Domingo para se queixar. De mim e do blog e do que escrevi recentemente. E não só. Que eu estou a destruir e faltar ao respeito a uma mudança e aposta de confiança numa academia, que nunca lhe passou pela cabeça que eu iria ser 'este crítico'. No entanto, disse-lhe, tenho direito à minha opinião. E igualmente o dever de alertar para o que considero profundamente errado e\ou desviado de qq propósito que 'parecia' mas afinal nunca foi ou iria ser; Ninguém tem que concordar comigo, podem até mudar de site, ou desligar o computador, eu não ando a ''massacrar, sem piedade'', entre gases tóxicos de nitratos de chumbo e nicotina. E considero que falta rasgo, diferença, o tal 'gap' que marca. É o que penso. E o que faz falta (além de animar a malta). Há quem massacre e assedie em locais publicos, eu apenas coloco aqui; Não gosta, diga ou até então, 'mude de canal'. 

Mas vou ser mais claro, espero:

  • O que acho que está mal é geral, entre o TODO do Esup, não querendo significar todos por igual, mas que está 'espalhado', com 'pesos' (ou factores de ponderação, estatísticos, se quiserem) diferentes por caso; Uns mais, outros menos, uns 'azul', outros 'verde', por aí...
  • Um aspecto importante a reter neste (agora) periodo post-RJIES, é que, apesar da intenção de promover e induzir a mudança 'governativa', assim como criar mecanismos mais eficazes de governação 'executiva' [dantes tínhamos assembleias magnas de quase 100, ou mais, a deliberar ou emitir 'textos'], se perdeu (e muito mesmo!!) em democracia e participação inclusiva; Alguns dos novos CC's e CF's e até CG's, não têm tomado a iniciativa de 'descer às bases' de forma adequada e responsável, parece que se auto-constituíram (ou alguns dos seus membros isso conduzem ou deixam conduzir) em 'very private membership ivory towers'; Não procedem em consultar de forma directa e\ou ampla e\ou multidirecional entre todos, toda e qq informação ou pelo menos a mais sensível e directa na vida academica de cada um, apesar de até haver pedidos por escrito para que certos documentos fossem dados a consulta ampla e atempada.
  • Antes de prosseguir, um tema quiça importante: o papel dos CF na gestão das Faculdades. Valerá a pena existir só para eleger o Pr? (Infelizmente assim está ou parece em Estatutos e RJIES...) Mas não deveria ser mais pró-activo? Deveria ser um órgão que discutisse a estratégia da Faculdade? Ou tivesse então 'ele' a iniciativa (ousadia?) de ir contactar a Faculdade como corpo académico? Ou que fiscalizasse o Pr, como o CG fiscaliza o reitor?
  • Por favor, notar: Não está em causa que os C's não decidam (tal como foram mandatados) mas sim que, via RJIES, 'sem má intenção', se criaram nichos de democracia em deficit. Receio que o RJIES tenha que ser re-feito para ser mais flexível, num quadro de autonomia e respeito pelas vontades autónomas (e claro diferentes) de cada instituição per se. ''A bem'' da tal brutal re-org do ESup ou então é o fim, really: cortes orçamentais draconianos, despedimentos, redux instituições e sem mais e melhor democracia e participação inclusiva nesta 'travessia'? Uma mão firme e menos democracia e 'participação', para haver menos confusão algum descalabro institucional, estão a dizer? Um condutor? Ok, então vão ver um Moisés está available, ie, alguém em quem se confie no sentido a-b-s-o-l-u-t-o. No entanto, o risco é ... Adeus qualidade no Ensino\Inv (Sup)...
  • Outro ponto que levantará muita polémica e controvérsia (e no seguimento do anterior) é de onde escolher os detentores dos cargos, vários, dentro de cada instituição. Entre apenas os Catedráticos? Se esta opção parece colocar o poder (poder?) em alguns apenas e transformar as 'suas' Fac's ou Deptos ou centros em redutos ou 'condados', a verdade é que ter professores auxiliares, sem mais, a presidir a cargos, também permite a possibilidade de 'governação' ou gestão (muito) mal exercida. Qual a solução?
  • Bem, terá que passar por ...Bom senso e uma melhor auscultação, metodologia 'parlamentar', que o RJIES, ao tentar trazer mais eficácia, acabou por destruir: Passou-se de assembleias 'magnas' com 'poder' para C's redux e sem uso de consulta, além de (muito) má gestão, por vezes, de agenda. É que a accountability, ie a responsabilidade passou a ser muito muito redux ie são poucos os que participam, são muitos os que assumem que está bem, enquanto que com assemb. 'magnas' muitos mais participavam, avaliavam, depois 'classificariam'. Menos eficaz a 'governar' e a tomar decisões, nem todos são capazes de conduzir por entre uma assembleia de meia ou uma centena, mas pelo menos todos tinham acesso e eram (potencialmente) consultados.
  • Tb podem argumentar que essas assembleias se podiam tornar numa espécie de RJA’s dos anos 70, com moções e contra-moções e onde não se decidia nada que fosse implementável....
  • O problema maior para mim, post-RJIES, é não haver melhor democracia. Não há. Nem mais ampla, nem mais consultiva ou corajosa e de boa liderança; Apenas condução de requerimentos, seja qual a direcção a enviar ou de receber. Mude-se pois então o RJIES. E depois permita-se corrigir onde necessário (for força dessa mudança), os vários estatutos/regimentos/regulamentos. Depois, melhores lideranças, pro-activa, interessada. Interessante. Efectiva. Eficaz.
  • Pergunta de 'brother in arms': Não terá sido um dos objectivos do RJIES acabar com a gestão democrática das instituições e centralizar o poder no ‘dean’? Ou equiv?
  • Permitam-me tb notar os erros e lacunas, ie inconsistências, factores de exclusão de actividades por manifesta ignorância e não inclusão, em vários RAD que estão disponíveis no D.R. A haver uma re-organização da rede do Esup, que pode (aliás, vai [!!]) implicar despedimentos vários, é essencial haver melhores RAD. Por cause.
  • Excelente pergunta colocada por um excelente camarada: Numa fusão entre 2 instituições os despedimentos podem ser feitos com base numa avaliação do desempenho com RAD’s diferentes?
  • Estou a terminar. Não vale a pena continuar a olhar para o lado, como foi durante décadas e recentes anos, onde a verba p\E$up acabava por 'cair', após um jogo de ameaças que se repetia. AGORA, não há mais $$$$$. Os cortes e redux em várias sectores da admin.publica assim o sugerem. Vai ter que haver fusões internas e externas, univ's com univ's e politécnicos, vai ter que haver redux de cursos, de deptos, de pessoal, vai usar-se a distinção tenure e no-tenure. Vai sim.
  • E cuidado, pq nos politec's, quem tem certas categorias (e parece que são muitos muitos!!!!) passam à frente dos da univ., num cenário de re-colocação.
  • Permitam-me tb dizer que qq plano estatégico (para qq instituiçao de ESup) que não contemple a fusão (seja la ''como'' for...) com outras, , não é plano nem estratégico nem nada; Será qse como fazer um plano para manutenção de parques naturais 'Jurassico' quando os dinossauros estão extintos à milhares de anos (please, no Hollywood jokes, this is going to be serious...).
  • Eg, vai ter que ser 'já' (quando for apresentado) o 2.0 (UEvora_IPortalegre) senão for o 3.0 (Uminho-IPCA-IPV.Castelo, ...) Ou então o ULTIMATE (UTAD-UMinho). Ou outra qq, eg.
  • Talvez não tenham notado mas o TGV afinal vem aí. Ou uma especie. Ou algo parecido. Bem, não é de alta velocidade. Mas é de alta aposta e no investimento. Mas apenas via Évora-Elvas, ie, ver p12, Sol, 9\Set: Se há varios IC's e 'alfas' entre Lisboa e Porto, idem mas não tantos entre Lisboa e Faro, agora com a ligação Sines\Lisboa-Évora-Elvas-Badajoz-Madrid-Malaga\França com e para TGV, onde acham que vai haver desenvolvimento? Claro, que não será pela linha Guarda-Coimbra-C.Branco... . A U.Évora vai beneficiar e muito, idem a UNL e em Lisboa restantes e quiça Algarve vai tb; eixo Lisboa-Coimbra-Aveiro-Porto-Braga idem. E quem está de fora? Ou pode ficar de fora? Pois...
  • Durante anos, no ESup, apesar do despesismo e esbanjamento, que houve (!), nunca se quis pensar em fusões ou 'junções'; cada um olhava para o lado, 'na minha quintinha mando eu....'. Depois, AGORA, o mercado mudou, a transferência de verba tb, a quantidade disponível idem. E agora vai ter que ser.
  • Retornando à critica da minha colega, o que eu quis dizer e tenho querido dizer, é que os novos eventos e desafios, que o ESup vai enfrentar e não enfrenta ainda (!!), precisam e precisarão de mais criatividade, acção 'lateral', pois bem, claro, com um qb de conventional e bom senso, capacidade de risk analysis, risk managenent, risk assessment, risk. Ousadia. Inovação.
  • No mundo competitivo em que estamos, talvez o que se devesse pensar era em atuar com mandato de um(a) Reitor(a), motivados e concentrados para uma tarefa (ex: criar um curso novo para uma empresa ou organizar ou reorganizar um serviço) e que respondesse só p.ex a(o) Reitor(a), porque qualquer acção agora está sujeita a tantas pessoas e órgãos que a surpresa e rapidez necessária se devem perder rapidamente.
  • Eu tenho direito à minha opinião e com estes crup's e suas atitudes, que se percebem e respeitam, mas em que estão apenas a adiar o inevitavél e o cada vez mais brutal e doloroso, que deveria ser desde já intervencionado, já e em 'força'. Por muito que custe.
  • Porque irá custar MUITO mais amanhã quando se for dizer na cara de algumas pessoas que já não contamos com elas e NÃO se fez qualquer acção 'lateral'/bem diferente, algo com risco, para re-organizar as despesas, e diversificar nas receitas, e apenas se foi, sem rasgo, 'playing along' com discursos velhos e bolorentos, o ameaçar fechar portas e o MCE\mctes que pague e vamos ver, é, vamos ver, empurras tu, empurro-te eu, ai é , ai é...? Vai acabar MUITO mal. E tarde. O que será o pior de tudo: o ir até tarde.
  • Por favor, se até na CGD se corta em gestores, custos, etc ? O que acham que vai acontecer? Vão querer, acham que o ESup irá ficar com a config e funcionamento e c-o-m-p-o-s-i-ç-ã-o actuais? Recursos materiais e humanos? Há que 'olhar desde já' para ''novas'' univ's, novas atitudes, ou algo melhor ainda. Vai ser. Terá que ser.
  • E se alguem tem duvidas, por favor, leia, entre linhas, cronica de JASaraiva, Sol, p.3, 9\Set ou leia nas linhas TODAS, em http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=505403 ; Sim, creio que ele vai\pode ser prox Reitor UTL, sim, está a fazer o que NC aprova, sim, vai ser um mega-'agrupamento' univ, sim, o crup fica com uma % de membros como fundações (precisam de um crup p\quê qdo têm Trustees para pressionar tutela...?), outra % é a mega-univ, ie uma especie de U.Complutense\Madrid mas aqui à beira Atlantico (e pesará tanto (# alunos, docentes, $$$, produção etc etc) como o restante do CRUP entretanto...




The Honourable Schoolboy

Sem comentários: